Eu era responsável por uma grande parte da felicidade de alguém, por grande parte dos momentos bons, por grande parte das gargalhadas. Eu era reponsável por cuidar, amar, dar apoio, carinho, atenção, sustentação, eu costumava ser necessária e indispensável, eu era responsável por pagar contas, deixar lanche, incentivar o estudo, e as vezes até acalmar, dar remédio. Eu tinha em mãos algo do qual eu sabia o valor: inestimável, impagável. Mas as mãos humanas – assim como o coração humano – é de uma natureza tão humana que falharam, tremeram e o coração caiu. O coração sangrou, doeu, rachou, e as mãos ainda trêmulas por saber o que fizeram, quiseram se cortar para fora do corpo de tanta culpa.
E dentro do coração, que de tão transparente parecia de vidro, viam-se lágrimas. As mãos sentem tanto… As mãos sentem tanto… As mãos sentem tanto!! Ah coração se você soubesse o quanto as mãos sentem, você até sabe.
As mãos estão com medo de tudo, de encostar onde quer que seja, mas ainda conseguem dizer:
" E toda a dor que te causei, espero poder levá-la embora um dia, e ser quem segura suas lágrimas de novo, quem te ajuda de novo, quem te faz bem de novo, quem te faz cócegas de novo, quem te levanta de novo. E agora que chegaram os maus dias, buscar de volta aqueles dias que eu te feliz"
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