Na enfermagem, há o que chamamos de sistematização da assistência. Coletamos dados, perguntamos, investigamos, observamos, traçamos planos de cuidado e prescrições que atendam as necessidades do paciente e depois, evoluimos. Sim, este é o termo. Ora, até pokemons evoluem, e se você está vivo, fico feliz em dizer: você também está evoluindo.
Para começar, pergunte a queixa do indivíduo, seus hábitos, história de vida e saúde, analise o ponto de vista dele sobre o problema. Chamamos isso de anamnese, agora traga para o seu cotidiano. Você faz isso com seus amigos, com sua família, geralmente com quem você se importa. Na vida, isso se chama desabafar, anamnese é só o termo técnico. Já me apareceram pacientes que declararam sentir-se melhores sem nem passar para as próximas etapas. Acredito, pois, neste a caso, a matemática de dividir e diminuir é uma ciência exata. Pessoas precisam falar para aliviar.
Mas não é sempre, e claro, o que acontece na maioria das vezes é que há alguma coisa concreta incomodando o paciente (ou fazendo a correlação real, incomodando a você ou a mim), então, a partir do que ouvimos, sabemos, observamos, analisamos e dos conhecimentos que possuímos (não queira uma aula sobre conhecimento, vamos simplificar dizendo que neste caso, você precisa usar de todo o tipo de conhecimento que você tiver: técnico, experiência de caso, histórias, estórias, o que seja!), apartir desses conhecimentos traçamos o plano de cuidado e prescrevemos o que se fazer em determinadas situações. A pressão subiu? baixou? tá brincando de montanha russa? relaxe, o remédio vai estar no armário. O namorado te deixou? por um homem? eles vão casar assim que a Dilma aprovar o casamento gay? relaxe… mas, bom, você sabe, não existem remédios para algumas coisas…
Entenda, para viver, precisamos diariamente fazer uma sistematização da existência, com planos de cuidado e prescrições diárias. Claro, para cada dia o seu mal, mas algumas situações são repetidas por dias, semanas, meses, até que você esteja pronto, curado, livre (escolha o termo que melhor se encaixa aqui) e então, o que acontece? qual o próximo passo? muito bem! você evolui, evolua leitor!
Na evolução, redigimos no prontuário do paciente tudo que aconteceu com ele desde que ele deu entrada na porta do Pronto Socorro, passou pela clínica, teve crise alérgica a tal medicamento, foi as pressas pra UTI, se estabilizou, voltou, detalhamos tudo, quanto mais detalhes melhor para que se aconteça uma próxima vez - não se sabe, já tenhamos as coordenadas. Aplique isso ao cotidiano: Evoluindo, você vai estar repassando tudo que já viveu, os lugares onde foi, as pessoas que conheceu, o que te fez bem, o que te ajudou a estar fazendo essa evolução e a melhor parte: você pode descartar o que te fez mal, não usar mais, não fazer mais, não repetir. E dá para acreditar que ainda tem enfermeiro que pula essa parte? Um conselho para o leitor, ou até mesmo uma orientação de enfermagem para os leitores enfermeiros: evoluam

Também sou enfermeira e gosto da subjetividade das coisas, amei seu blog, seus textos, vou favoritar para sempre passar por aqui.
ResponderExcluirMuito boa a relação da sistematização da assistência com a da existência! Muito boa mesmo
Ahh que legaaaaal!!!
ResponderExcluirAdorei seu blog tbm!
sistematização da existência... vou pensar nisso! ^^
Parabéns, muito bom!
tá nos meus favoritos já!
Que essa maturidade na escrita, criação e vida, que você carrega aí dentro... Sirva sempre de boas apreciações aos leitores, assim como à mim, agora, sua assídua, desde então... LEITORA!
ResponderExcluirTia, de verdade, assim eu choro! hasusha
ResponderExcluirSuper beijão meu amoor lindo! :D
volte mais vezes e me faça feliz com seus comentários! s2